terça-feira, 29 de abril de 2008

Oh Rosa arredonda a saia

Lembro-me de ser garota e a minha avó cantar-me esta e outras canções. Algumas até menos próprias para uma miúda de tão tenra idade.
Há varias canções com saias. Também há a saia da Carolina que tinha um lagarto pintado.
A saia da Ana hoje não tinha nem lagarto pintado nem dava para rodopiar por aí além, mas tinha teimosia suficiente para se prender ao degrau do autocarro e presentear-me com um inicio de dia digno de uma segunda feira.
Entrei mal humorada no escritório e dei de caras com a minha máquina do chá avariada. Como é que era suposto eu iniciar o dia sem o meu chá de limão? Como?
Há hora de almoço esqueci-me da carteira em cima da secretária e a neura já era tal que em vez de almoçar fui passear, ver as montras, rezar para se cruzar comigo alguém de má indole que merecesse um bom pontapé nas canelas.
Da parte da tarde entupi a fotocopiadora até às orelhas e já dizia mal da minha vida.
Pouco antes da hora de saída reuniram-se todos à volta da minha secretária para chá e bolinhos de despedida da Clara.
Chá não havia porque a máquina não se tinha arranjado sozinha.
Bolos eram suposto serem trazidos pelo patrão que oh, espanto, pasmo, ainda não tinha metido os pés no escritório desde a hora do almoço.
Depois de um dia assim quem é que tem pachorra para fazer o que quer que seja?