sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Ana e o drama no escritório

Há homens um bocado porcos.
O meu patrão é um deles e digo isto apesar de ser um antigo amigo da minha família.
Não me choca que ele ande enrolado com raparigas 20 anos mais novas que ele.
Não me choca que ele ande enrolado com raparigas 20 anos mais novas que ele apesar de ser casado.
Não me choca que ele ande enrolado com raparigas 20 anos mais novas que ele apesar de ser casado com uma senhora que me é muito querida e que é uma pessoa 5 estrelas.
Agora choca-me que ele, sabendo o estado de saúde da esposa, faça tudo isto sem um mínimo de discrição.
Já não é a primeira nem a segunda vez que lhe entro no escritório e ou está a Clara a endireitar a roupa à pressa ou está ele a arranjar a camisa com um ar comprometido.
Se não for eu a entrar e for outra pessoa qualquer o espectáculo é o mesmo. E toda a gente sabe que as pessoas falam. Especialmente aqui.
Antes da Clara foi a Carolina.
Antes da Carolina foi a Raquel.
Há sempre alguém que vai na cantiga.
Eu sou uma rapariga de mente muito aberta, mas este tipo de coisas fazem-me confusão até porque miraculosamente todas elas se foram embora no final.
A minha costela voyarista não funciona para estes lados.
Não preciso de o ver de mão no rabo da rapariga cada vez que tenho de lhe ir levar papelada.. poupem-me!
Ainda por cima ele sabe que a D. Luísa está sempre em casa dos meus pais à converseta com a minha mãe, sabe que eu a vejo quase todas as semanas.
Que faça o que quiser... mas que passe a fechar a porta do escritório por dentro, se faz favor!

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Eu, tarada me assumo!

Oh minha gente.. então? A ver por alguns comentários e e-mails que recebi metade das minhas visitas ficou a achar que eu utilizo a palavra "tarado" como termo depreciativo.
Vamos lá pôr os pontos nos is: existem os tarados no mau sentido que raptam meninos pequeninos para os paparem, que filmam a vizinha por um buraquinho feito na parede e depois metem o vídeo na net e violam virgens inocentes à saída dos seus colégios de freirinhas. Esses são tarados muito rascos, maus, maus tarados!!!
Depois existem os "meus" tarados (os tais tarados 5 estrelas) que são pessoas que gostam de sexo e não têm vergonha nenhuma disso. Malta que explora, descobre e aumenta o leque de variantes na sua vida sexual de forma saudável e divertida. Gente que tem uma tara (grande, de preferência) por ter e dar prazer.
Eu digo à boca cheia que sou tarada. E sou mesmo! E depois?
Não é bom?
Tenho pensamentos pecaminosos várias vezes ao dia e sempre que posso comporto-me de maneira devassa... ou pelo menos tento!
Não é ofensa. É termo carinhoso! :P
Por falar em termos... adivinhem quem teve um sonho com uma amiga de longe?
Se acham que não tem muito a ver uma coisa com a outra deixem-me que vos conte: eu estava no balcão da cozinha dela (bem, da mãe dela... balcão esse que nunca vi), tinha apenas uma toalha enrolada à minha volta e estava entretida a abrir e fechar a torneira do lava-loiça quando ela entrou. Aparentemente ter uma gaja semi-nua em cima do balcão da cozinha era algo perfeitamente normal porque ela não me pareceu muito espantada... Eu lá devo ter ficado um bocado ofendida com a falta de espanto da moça e desatei a salpicá-la com a água da torneira e ela começou a rir-se e a atirar-me com a água que estava no chão (a cozinha, como era óbvio, também devia servir de piscina lá para aquelas bandas).
Salpico vai, salpico vem e pimba, o rapariga chega ao pé de mim dá-me um beijo. Sempre que sonho com esta tipa ela dá sempre beijos fenomenais, tenho-a mesmo em boa conta!
Aproveitando a distracção dela (Ana perde 5 pontos por não se ter concentrado no beijo) pego no chuveiro (ah, sim, agora o lava-loiça tinha chuveiro...) e encharco-lhe as costas por completo. Ela fica muito séria. Lembro-me de pensar que não havia motivo para estar zangada uma vez que de qualquer forma estava a chover (sim.. dentro da cozinha... os meus sonhos não primam pelo realismo).
Completamente encharcada notei que perdi a toalha algures na brincadeira e que estava agora completamente nua enquanto ela se encontrava ainda totalmente vestida. Não gosto nada destas injustiças por isso tentei tirar-lhe a camisola mas ela agarrou-me as mãos e não me deixou. Eu até podia reclamar, mas veio outro daqueles beijos e eu já nem piei. E às tantas estava sentada em cima do balcão... balcão esse que era agora o da minha cozinha. Ora é exactamente aqui que entra a relação com o termo! É que é mesmo no armário por cima desse balcão que eu guardo o meu termo do chá! Mas isso agora já não interessa nada, pois não?
Ora onde é que eu ia?
Sim, eu sentada em cima do balcão e ela a beijar-me enquanto passeava as suas mãos pelas minhas coxas.
Ás tantas já estávamos no chão (que não era o meu) e a roupa dela tinha desaparecido como que por magia.
Parei e fiquei a olhar para ela. Perguntou se eu tinha sumo e quando lhe disse que não respondeu-me com um ar enigmático "mas pelo menos já tens o frigorífico arranjado", o que é algo estranho visto que o meu frigorífico sempre funcionou lindamente.
Desculpem... este post era sobre o quê mesmo?

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Um romance tórrido deixou-me de cama

Nunca o tinha visto por lá, devia ter chegado há pouco tempo. Ele olhou para mim de soslaio, como quem não quer a coisa. Eu utilizei a técnica infalível (segundo a cosmopolitan e a Happy e eu acredito) do olhar tímido seguido de desviar de olhos seguido de olhar guloso com sorriso seguido de desviar de olhos envergonhado.
Ele deu-me luz verde e eu aproximei-me, sedenta do seu calor.
Passei-lhe as mãos e senti-me começar a aquecer. Tirei o meu casaco e sentei-me a seu lado, quase colada a ele e de faces já ruborizadas. A temperatura cada vez aumentava mais e eu sentia que nunca mais queria sair dali.
Infelizmente a hora de partir chegou cedo demais e tive de o deixar.
Como recordação daquela tarde passada com as pernas encostadinhas ao radiador novo lá do escritório fiquei com uma bela de uma constipação e tenho passado os meus dias de cabeça pesada, febril e com muito pouca vontade de fazer o que quer que seja quando chego a casa que não dormir.
O fim de semana foi passado de cama e hoje, apesar de me sentir um pouco melhor, vou para entre os cobertores novamente para ver se me curo de vez.
Até já.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Ana e a casa da orla da floresta

O título é só para enganar. Para ter mais a ver com o post propriamente dito deveria ser: "Ana e os brinquedinhos do demo".
Sim, eu não me esqueci dos relatos das primeiras experiências!
Há uns anitos comprei um vibrador que era duro que nem cornos. Nunca o usei para fins sexuais mas guardei-o na caixa que tinha debaixo da cama para utilizar como arma de arremesso se algum ladrão me entrasse quarto a dentro.
Com medo de cair no mesmo erro desta vez comprei o dildo que me pareceu mais molinho. É de um material que parece pele e dobra-se todo. É extremamente macio e muito, muito confortável.
Experimentei-o na cama, semi-sentada e com os cobertores a taparem metade das pernas. Peço imensa desculpa pela imagem não ser das mais sexys, mas a verdade é que estava um briol do caraças.
O procedimento foi o habitual: dildo na patareca e dedinho a fazer cócegas no clitóris. Após alguns movimentos lentos tive uma ideia luminosa... porque não experimentar também a bullet.
Estiquei-me e tirei este ovinho da gaveta (uma das vantagens de se viver sozinha é que se pode ter os brinquedos dentro da gaveta da mesinha de cabeceira em vez de escondidos numa caixa debaixo da cama).
Esta pequena criatura parece inofensiva, mas não é. O seu comando permite escolher entre uma vibração suave, uma vibração potente, um pulsar e uma mistura entre pulsar e vibrar e qualquer uma destas opções provoca um formigueiro intenso e muito prazeiroso.
A bullet e o dildo contorcionista a trabalharem em simultâneo dão origem ao que eu carinhosamente chamo de orgasmo preguiçoso. Um orgasmo preguiçoso é aquele em que nem temos de mexer as ancas... basta ficar quietinha que ele vem. É óptimo para aqueles dias em que estamos muito cansadas mas precisamos de um calmante natural para dormirmos mais descansadas.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Ainda as insónias

Como se prova pelo meu olho bem aberto às quatro da manhã as insónias não se deviam às encomendas. Será outra coisa que me anda a encher a cabeça e que eu por burrice ou teimosia não quero admitir e que, consequentemente, me manterá acordada até que um dia me desfaça em baba e ranho/grite desalmadamente/diga palavrões que nem sequer conheço/parta coisas/compre sapatos. É sempre assim... e depois penso "és tão parva... não podias ter resolvido isso à mais tempo sua casmurra tostorrenta?".
Tostorrenta não é efectivamente uma palavra, mas é o que eu sou. Ás vezes sou mesmo muito tostorrenta.
Este post não vai ter muito nexo, aviso já. Três noites muito mal dormidas já me deixam assim um bocadinho alienada...
Por falar em 5 estrelas... Hoje tive uma conversa fantástica no messenger com um moço que não conheço de lado nenhum. Gosto tanto de ser surpreendida pela positiva e apanhar assim alguém bem disposto e com vontade de falar.
A propósito dessa conversa, digam-me oh donzelas que frequentam aqui o canto, vocês fala sobre sexo com os vossos amigos machos? E vocês, cavalheiros... sentem-se à vontade quando uma amiga fala de sexo abertamente ou ficam com a pulga atrás da orelha?
E o que é que aconteceu ao blog "Apenas Mulher" que se eclipsou?
Eu juro... quando estou assim cansada fico bêbeda... acho eu. Nunca estive bêbeda. Ainda ando à procura de uma bebida alcoólica que me saiba bem e não me faça fazer caretas.
Não beber é um handicap social. Os nossos amigos explicam a conhecidos com cara de pena que "ah.. ela não bebe" em jantares, os familiares olham-nos de lado quando brindamos o ano novo com coca-cola porque não gostamos de champanhe e quem não nos conhece fica achar que somos puritanos.
Admito, tenho alguma pena de não beber. Não tenho pena nenhuma de não fumar. É caro! Se fumasse não podia ter comprado os meus brinquedos! Sim, brinquedos!! Como prendas de anos! Ah pois é!
Ai os meus brinquedos!
Já os experimentei a todos!!!
Olha... é uma boa altura para começar a avaliação das minhas prendas.
Tenho um golfinho que vibra foi a primeira coisa que experimentei. Comprei-o por ser relativamente pequeno e -MUITO IMPORTANTE - à prova de água.
Eu adoro banhos, é um vicio meu. Seja de chuveiro seja de imersão adoro sentir a água a aquecer-me a pele . Gosto de me tocar devagarinho quando estou na banheira, a textura da minha pele molhada desperta-me os sentidos.
Faz todo o sentido eu ter um brinquedo especialmente para o banho!
O bicharoco é pequeno, mas eficaz. Aliás, para quem não está habituada a brincar com coisas destas é quase frustrantemente eficaz.
Não estava nada à espera do efeito que a vibração teve em mim. Foi como se a sensibilidade do meu sexo disparasse de repente. Vim-me enquanto o diabo esfregou um olho (ou enquanto a Ana esfregou a rata...) e fiquei um bocado chocada.
Também fiquei um bocado chocada porque não sabia que era o tipo de pessoa que escreveria "enquanto a Ana esfregou a rata".
Numa escala de 1 a 10 dou a este golfinho um 6 que penso subirá de nível nas próximas utilizações.

sábado, 1 de dezembro de 2007

Cinco da manhã, bem bom!

Podia estar a cantar a famigerada canção das doce em altos berros numa tentativa desesperada de partilhar com os meus vizinho esta insónia que me atacou pelas costas.
Sei que foi pelas costas porque a não ser que tenha alguém em cima de mim, na cama estou sempre deitada de barriga para baixo e foi lá que ela me atacou, a desgraçada.
Já me meti de molho na banheira, já bebi chá quente, já mudei a água da borracha duas vezes, já apaguei a luz, já acendi a luz, lá meti música baixinho e já contei carneirinhos.
Já liguei a televisão, já liguei o rádio, já desliguei tudo o que pudesse fazer barulho.
Já acabei de ler dois livros que tinha pendentes, já organizei os cds, já estive a meter no álbum as fotos do meu jantar de aniversário.
Já imaginei que me tocava à campainha o vizinho do lado (não, não é esse, é o outro) e que me sentava na mesa da sala e me satisfazia todos os caprichos, mas nem esse sonífero miraculoso que é o orgasmo me deixou com sono. A mim, fã número um do sono pós sexo.
Recuso-me a pensar que a causa deste tumulto está ali, à entrada da porta, em cima da minha mala para não me esquecer. Mas será que são aqueles dois papelitos dos CTT que me mantêm acordada?
Sim, estou ansiosa para ir buscar as minhas encomendas, mas isto um exagero.
Alguém me diga "tenha tino, dona Ana, são horas de fazer óó!". Umas festinhas no cabelo também eram capaz de ajudar.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

À luz da lareira

Deveria ter sido à luz da lareira, ao som de saxofone e num tapete peludo e fofo... Mas foi ao calor do radiador, ao som da RTP1 e no sofá da sala que ele me beijou.
Se o cenário não era perfeito o beijo safou-se bastante bem.
Tarde passada no cinema a ver um Happy Never After morno (a panca por filmes de criança é minha... e às vezes sai-me o tiro pela culatra...), conversa boa e jantar com direito a elogios à minha lasanha.
Depois do jantar resolvi armar-me em gaja cool e convenci-o que não me importava nada de ver com ele o jogo da selecção e para aprender a não mentir com os dentes todos adormeci nos primeiros 20 minutos do jogo. Eu não tenho a culpa!! Os comentários dos jogos de futebol dão-me um sono de morte e nós estávamos no sofá com o radiador a aquecer os pés e a mantinha em cima dos joelhos.
Não quero pensar que a cabeça me tenha descaído para um ângulo estranho que me tenha feito ressonar feita porca e que um fio de baba me tenha escorrido pelo canto da boca. Não! Recuso-me!!! Isso não aconteceu porque o universo gosta de mim e não me ia fazer uma coisa dessas... espero.
Bom, mesmo que tal desgraça tenha acontecido tive sorte porque ele deve ter um fetiche com raparigas despenteadas e babosas e eu tive direito a acordar com festinhas no cabelo. O jogo já tinha acabado e ele achava que eu estava cansada e que se devia ir embora. Raios partam os comentadores de futebol e a sua voz hipnótica que me forçaram a dormir! Então.. então era tão cedinho e o gajo já se queria ir embora? Dei três tacadas mentais com um pé de cabra a mim mesma.
Pensava eu que a noite tinha acabado quando o menino, já de casaco na mão para se pisgar, tem a brilhante ideia de se inclinar sobre mim e me dar um beijo de boa noite nos lábios. Abençoadinho. Que seja muito feliz na sua vida porque merece.
Ora eu não sou rapariga de ser mal agradecida e retribui o beijo. Enlacei as minhas mãos à volta do seu pescoço para impedir uma possível mudança de ideias e consequente fuga.
Quando finalmente me afastei para recuperar o fôlego o que vi foi um sorriso profundamente sacana...
- Então, já não se pode dar um beijo de boa noite? - diz-me o desgraçado a arreganhar a tacha.
Bluff!! Onde já se viu! A dar-me a tanga de que eu estava cansada e tal e coiso e era tudo bluff.
Antes que eu pudesse protestar acerca das suas intenções obviamente pouco nobres ele beijou-me novamente, sentou-se ao meu lado no sofá e puxou-me para o seu colo.
O que aconteceu a seguir vocês podem imaginar...
Podem imaginar... mas isso não quer dizer que eu não aproveite esta oportunidade para levar o meu blog ao próximo nível ( o ambicionado semi-quase-porno) e vos contar tudinho.
O rapaz tem arte... já há uns anos que eu não era tão bem fodida!
Para terem uma leve ideia conseguiu tirar-me o soutien em menos de 20 segundos e só com uma mão enquanto me presenteava com mais um beijo de cortar a respiração. Ora como todos sabem isto é uma prova científica de que ele sabia o que estava a fazer!
Já despidos deitou-me no sofá e beijou, mordiscou, lambeu, chupou, soprou e acariciou cada pedacinho de mim. Eu ainda tentei apanhá-lo desprevenido e retribuir o gesto mas cada tentativa era travada. Depois do terceiro "mas tu não sabes estar quietinha e aproveitar?" desisti e deixei que o moço fizesse o trabalhinho. E que trabalhinho! Foi tão bom, tão bom, tão bom que se eu tivesse a pagar tinha dado gorgeta!!! :P
Quando eu comecei a sentir a minha sanidade mental a escapar-se e já pedia pelo amor da mãezinha o senhor achou que já chegava daquela tortura deliciosa e, depois de uma cena um bocado ridícula em que fiquei com o cabelo preso no relógio dele (sexo perfeito só nos filmes, minha gente... :) ), preencheu-me.
"Preencheu-me", para aqueles que não apanharam a ideia, era a minha maneira delicada de vos indicar que me abriu as pernas com as suas mãos quentes e finalmente me enfiou o pénis (pila, mastro, pau, tronco, másculo espigão, membro, cacete, espeto, falo, grosso, guelhamango, instrumento,verga.. escolham o sinónimo que vos excite mais) na vagina (coisa, baboca, pachaneca, greta, cona, crica, nêspera, passaroca, rata, senaita, farfalota pimpinela, pombinha, xaxa ... que não vos faltem escolhas).
Como hei-de descrever a sua técnica? Lenta, profunda, forte, meiga, orgásmica.
Ai... eu sei que isto é feio de se dizer, mas fiquei mesmo consoladinha.
E foi assim que ganhei um amigo colorido.
E vocês? Como foi o vosso fim de semana?

sábado, 17 de novembro de 2007

Receita de Lasanha

Esta receita dá para fazer lasanha para 2 refeições de duas pessoas que não comam há dois dias.
São precisas 40 folhinhas de massa para lasanha, 600 gr de carne de frango picada, pimentos cortadinhos em pedacinhos muito pequenos, massa de pimentão, ervilhas, milho, alho francês, natas, 100gr de cogumelos, 100 gr de bacon, queijo e tempero a gosto.
Para fazer a carne derrete-se 100 gr de manteiga com 2 cubos de caldo de carne, uma pitada de sal, os pimentos, 100 gr de cogumelos fatiados, alho francês e 100 gr de bacon. Após o bacon ter libertado a sua gordura junta-se a carne e deixa-se fritar um bocadinho. De seguida atira-se para dentro do tacho as ervilhas e o milho. Junta-se uns 3 dl de natas e mexe-se tudo. Termina-se com duas colheradas de massa de pimentão misturadas na mixórdia e mete-se o lume no mínimo.
Noutro tacho ferve-se uns 4 litros de agua para cozer as folhas de massa. Convém cozer poucas de cada vez para não se pegarem umas às outras. 5 minutinhos é o suficiente para ficarem bem cozidas.
Unta-se um tabuleiro grande de ir ao forno com manteiga e começam-se a dispor as camadas: massa-carne-massa-carne-massa-carne-massa.
Noutro tacho (espero que tenham máquina de lavar loiça) faz-se o molho branco aldrabado, que consiste em 100 gr manteiga derretida com 2 caldos de carne e meio litro de natas, tudo muito bem misturadinho.
Despeja-se por cima das camadas e cobre-se com resmas de queijo ralado!Leva-se ao forno para derreter o queijo e está prontinho!
É isto que já está semi-preparado para servir ao jantar.
Sim, não é difícil de adivinhar que hoje vou ter mais uma visita de um certo amigo, pois não?
O que vocês não adivinham é que esse certo amigo me veio buscar na quarta feira à noite para irmos jantar fora e ver (finalmente!!!) o Resident Evil.
O filme foi uma bosta, mas o serão correu muito bem. E eu já me deixei de ser parva e levei a camisola certa. Sim, não vamos ser tontinhos, um gajo que faz 60 km para me vir buscar mais 60 km para me levar a jantar mais 60 para me vir pôr a casa mais 60 para voltar para casa está, pelo menos, um bocadinho interessado. Aliás, ao preço a que está a gasolina eu arriscaria dizer que está mesmo interessado.
Depois de um serão tão agradável eu lancei logo um desinteressado (claro) "no sábado vou fazer lasanha... queres vir cá almoçar?".
Infelizmente já tinha planos para o almoço de hoje... mas às duas horas vem ter comigo e a lasanha fica reservada para o jantar.

domingo, 11 de novembro de 2007

A Madalena

Já devem estar curiosos acerca da minha amiga Madalena.
Se não estão curiosos depois de eu vos contar que passei a noite toda (em sonhos, claro)aos beijos e amassos à pobre da rapariga no sofá da sala devem ficar, no mínimo intrigados.
Conheci a Madalena no liceu, era eu uma menina. Eu era uma menina, ela com os seus dois anos inteiros de avanço já era uma senhora... e de meia idade, com certeza. Uma senhora de meia idade que me havia de dar com qualquer coisa pesada na cabeça se lesse isto.
A Madalena era uma daquelas amigas em que 3 dias depois de a conhecer já eu lhe tinha contado a vidinha toda de uma ponta à outra. Daquelas pessoas com que nos sentimos logo estranhamente à vontade.
Como é que eu passei desta descrição para desatar a ter sonhos menos próprios com a gaja é que eu não sei.
Se calhar é por a rapariga ter a mania de morar longe como comó (sim, comó) caraças e eu por ter saudades acabo por as sublimar enquanto durmo.
Se calhar é por a ter tão pertinho do coração e apesar da distancia a que a porca está ser a primeira pessoa a quem conto tudo e mais alguma coisa e então o meu sub-consciente arranja-me estes sonhos para exprimir a proximidade.
Se calhar foi aquele fatídico dia em que eu decidi ficar-lhe a fazer companhia enquanto ela tomava banho e me choquei a mim própria com o pensamento muito pouco amigável de "ela é linda!". Pensamento esse seguido de vários "Anita, caramba, estás parva ou quê... ela é uma menina!".
Se calhar é apenas um complexo de culpa por ter pensado tal coisa de tal maneira.
Também não interessa nada... a verdade é que de tempos em tempos, lá me aparece a rapariga em sonhos. É a vidinha, o que é que se há-de fazer?
E pronto.. isto tudo para dizer que a Madalena faz anos e eu ainda ando às voltas com a prenda que lhe hei-de comprar...

sábado, 3 de novembro de 2007

Ana - a herege deserdada

Depois de no ano passado ter chocado a minha mãe com uma versão em dueto com a Andreia do Fuck Her Gently eis que este serão volto a fazer-lhe tremer os alicerces da convicção na boa educação que deu à filha.
Hoje, depois de lhe ter cravado jantar, enquanto metia um prato sujo de arroz de marisco na máquina de lavar loiça, cantarolei sob o seu olhar reprovador:

"I wanna do it over here
I wanna do it over there
Cause i love you
Or maybe i just wanna fuck you"

Eu era uma rapariga semi-quase-decente! A culpa é da senhora Borboleta Endiabrada e dos vizinhos do lado!!!

E para quem não sabe o que é o fuck her gently, basta carregar no play para colmatarem essa falha na vossa cultura.

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

É em coro

A mana dá de frosques e quem fica a tomar conta da bichana sou eu. É já tradição. Não pode ver um feriado a dois passos do fim de semana que lá vai ela.
Lá vem a cadelita com duas malas atrás. É a caminha, é a mantinha, são os dois peluches, o caqueiro da água e da comida, as latinhas da comida e os doces para quando vai à rua.
A bichinha é muito sossegada e como ainda não me virei para certas e determinadas práticas mal dou por ela... excepto quando há festa ali do lado.
Sim, sim, estou a falar dos meus vizinhos!
Estava eu enrolada na cama a ler com a bola de pêlo aos pés quando começo a ouvir os habituais risos pré-queca.
Sim, os meus vizinhos têm um riso pré-queca. Ele diz qualquer coisa e ela ri-se com ar de menina inocente. Uns ih-ih-ih quase púdicos.
Depois do riso vem normalmente os gritinhos "ai, não me toques que eu estou a fazer-me de difícil".
Depois os gemidos tímidos. Depois os gemidos desavergonhados.
largas à imaginação e inserem algum diálogo.
As paredes são relativamente finas e a maior parte do som chega a mim sem problemas mas é-me difícil perceber ao certo o que eles dizer. Só o que lhes sai com mais entusiasmo é que chega a este lado da parede como sendo uma palavra perceptível.
Por vezes são os "que tetas, que tetas" dele, outras o "ai amor, amor, amor" dela. Uma coisa que chega sempre alto e bom som é o "cabra!".
Talvez por isso a bichinha ache que eles estejam chateados e a discutir... é que sempre que a cá tenho em casa ela passa as sessões dos vizinhos a ganir, baixinho, como se estivesse infeliz.
Será que também ela tem inveja, coitadinha?

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

A culpa foi da festa

Ou da festa ou da mensagem às 4 da manhã que dizia apenas "agora sim, tens direito a parabéns com letra grande".
Seja por que motivo for estava eu sossegadinha sentada nos degraus da escada quando a Madalena se sentou atrás de mim e me deu dois beijos no pesçoco. Espera... Madalena, beijos no pescoço... é oficial, Anita, estás a sonhar.
Passou as mãos dela ao de leve pelos meus braços e senti um arrepio a percorrer todo o meu corpo. Tentei virar-me para trás, para a ver mas ela encostou-se às minhas costas e ficou ali, quieta, os dedos dela enlaçados nos meus.
De repente já não estava na escada, estava no chuveiro em casa dos meus pais e ela estava lá. Completamente vestida a tomar banho e lembro-me de pensar "será que a água está fria e é por isso que ela está de camisola?"... eu não tenho tiradas muito inteligentes nos meus sonhos, note-se.
E pronto, mais um para juntar à minha colecção.

Quarto de século

Era uma vez, há muito, muito tempo atrás, um menino e uma menina que só queriam ter uma filha e dois gatos. Esse menino e essa menina foram passar um fim de semana fora deixando a filha única em casa dos avós para que pudessem comemorar o aniversário do seu casamento como deve de ser. Esse menino e essa menina beberam champagne (leia-se espumante que isto é gente modesta) a mais nessa noite e esqueceram-se que queriam ter uma filha e dois gatos e que a filha já tinham.
Nove meses depois, conta a história, esse menino e essa menina mandaram a ideia dos gatos ao ar e renderam-se às evidencias: era muito mais sensato ter duas filhas do que dois gatos.
Diz-me a minha avó entre risos que naquela noite a festarola deve ter sido de tal ordem que eu nunca fui boa da cabecinha. Aparentemente o estado de embriaguez era tal que os "branquinhos do meu pai" se fossem mandados parar pela polícia eram todos recambiados para a prisa. Foi um milagre que tenham conseguido fecundar alguma coisa.
Após este inicio de vida tão auspicioso passaram-se 25 anos e eis-me aqui.
Ontem foi dia de jantar com os amigos, de ser mimada por todos, de muito riso e muita galhofa até às 4 da manhã em casa da Andreia. Foi o que eu estava a precisar para sair do humor cinzento com que andava.
Hoje o dia vai ser muito calminho porque o tinha deixado livre pensando que ia comemorar com o João de maneira que vou almoçar a casa dos papás com a famelga e depois vou passar a tarde entre compras de prendas, visitas de blogs, longos banhos e leituras acompanhadas de chá e torradinhas. Que maravilha!
Os vizinhos do 3º esquerdo não se esqueceram que hoje é um dia especial por isso brindaram-me logo às 10 da manhã com um acordar fogoso. Pelo que percebi hoje estavam a tentar qualquer coisa de diferente porque houve muitas interrupções. Os "ai que foda, ai que tetas" eram entrecortados por "espera, deixa-me virar" e por alguns "tira, tira" muito pouco habituais... daquele lado o que se ouve é mais "mete, enfia" e "mais, mais", "tira" é mesmo muito raro.
Eu sou uma pessoa curiosa e uma vizinha preocupada com os co-habitantes do seu piso por isso encostei o ouvido à parede para ouvir melhor. Ainda me lembrei de ir buscar um copo mas achei que isso era coisa de telenovela.
Eles passaram à vontade uns 20 minutos naquela de vai não vai, "ai que é tão bom" e "pára agora um bocadinho" até que deram por encerrada a experiência e voltaram aos já costumeiros "aperta-me as mamas, com força, mais!" e "gostas, não gostas, CABRA!!!".
Foi assim na companhia dos gemidos dos vizinhos que eu comecei o dia de mãozinha entre as pernas, respiração ofegante e na cabeça a ideia que se calhar devia comprar uns brinquedinhos como prenda de anos.
Sim... é que no que a brinquedos diz respeito eu sou muito pobrezinha. Ainda a semana passada quando respondi ao desafio do Mr. e da Miss me apercebi disso. Tenho um vibrador que comprei há uns 4 anos e que pura e simplesmente não uso porque aquilo é rijo que nem cornos e muito pouco confortável e uma embalagem de um lubrificante manhoso que já deve ter passado de validade. Isto é inadmissível!
Este novo quarto de século que se inicia agora vai (escrevam o que eu digo!) ser uma época de novas experiências, de descobertas e de compra de artigos em sex shops!
Então, o que me aconselham a comprar?

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Histórias de "ai.. môr..."

Não fui uma rapariga precoce em assuntos do coração.
Tinha 17 anos quando tive o meu primeiro namorado. Dei também o meu primeiro beijo na boca e andei uns meses convencida que algo de errado se passava comigo porque não sentia nada de especial quando ele me apalpava as mamas. Foi aquilo que eu chamo um amor lectivo e com o fim das aulas acabou-se o namoro.
Logo a seguir veio o Carlos. Veio e foi-se logo embora que eu ainda estava naquela fase "o amor é lindo e tal e coiso" e ele na fase do "se for possível comer três ao mesmo tempo melhor".
Não voltei a envolver-me com mais ninguém até ter 20 aninhos. Aí conheci o Paulo e pela primeira vez senti-me realmente atraída por um homem. Ele era apenas dois anos mais velho que eu mas já não tinha aquele ar de rapazito e eu perdi-me de amores.
Foi com ele que tive a minha primeira vez e lembro-me muito bem de ter a cabeça a andar à roda e só querer senti-lo em mim e de pensar que se ele me perguntava mais uma vez se eu queria que ele parasse lhe batia. Aquela treta de que a primeira vez nunca se esquece é muito bonito mas eu só tenho memórias baralhadas e nem sei dizer o que é que aconteceu primeiro e o que aconteceu depois. Estava demasiado embalada pelo momento para tomar notas para a posterioridade. Sei que fiquei surpreendida por não ter doído quase nada e que a primeira queca oficial durou uns 47 segundos inteiros, mas que o segundo take um pouco mais tarde foi bom, bom, bom.
Foi o relacionamento mais longo que tive até hoje. Durou dois anos e foi com muita pena minha que acabou.
Depois disso tive mais dois semi-namoros que nem contam bem para o livro.
O João conheci-o há quase um ano e começámos a namorar há quase seis meses. É uma pessoa que eu achava que me ia fazer crescer: meigo, carinhoso, responsável.
Infelizmente não estou preparada para uma relação tão adulta. Faz-me falta a brincadeira, a vontade de fazer coisas loucas, de sair de casa a meio da noite para ir ver o nascer do sol só porque sim, de fazer mais barulho que os vizinhos do lado.
Fechei mais um capítulo e apesar de ter plena consciência que apenas estávamos a perder o tempo um do outro estou meia chuchu...
Vou ali enrolar-me num cantinho mais um bocadinho e já volto.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Conclusão

E a pergunta era: porque é que as pilas têm uma certa tendência para se inclinarem.
Não fui só eu que fiquei com a pulga atrás da orelha. Partilhei com a Madalena e a Andreia também foram investigar e após intensos questionários a amigos e amigas conseguimos reunir um volumoso grupo de estudo de 43 pilas!!!
Dessas 43 pilas, visto pela perspectiva do dono da pila:

6 inclinavam-se para a direita.
3 não tinham uma inclinação notória
1 curvava de forma curiosa para cima
1 curvava de forma relativamente triste para baixo
32 curvavam para a esquerda.

Das 43 pilas, 39 pertenciam a destros, 4 a canhotos e todos afirmaram (alguns com mais veemência que outros) terem-se masturbado durante toda ou grande parte da sua vida.
O único canhoto que se disponibilizou a dar-nos mais informações acerca da forma como se masturbava por sorte tinha-a inclinada para a esquerda também e disse que apesar da sua mão dominante ser a esquerda se tocava com as duas, dando preferência à direita para que a esquerda ficasse livre para, e passo a citar, "virar as páginas".
Penso que a conclusão é óbvia.
Para as meninas que como eu ficaram um pouco confusas com a história do " então mas se o faz com a mão direita não deveria estar inclinada para o lado da mão??" recebi uma explicação de um benfeitor anónimo também conhecido como o Noivo que me deixou completamente esclarecida:"se fechares um pouco a mão a tua mão direita com o polegar para cima entendes logo."
Pelas minhas pesquisas supostamente tem algo a ver com o posição geográfica dos testículos, mas a explicação lá de cima tem muito mais piada.

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Pilas.. em geral

Lá no escritório hoje a conversa caiu nas pilas.
Não sei se é sorte ou azar mas aquele grupinho de mulheres na sua vidinha só tinha visto pilas que se inclinavam para a esquerda. Ora entre nós todas (as 4 inteiras)ainda tinham passado 17 pilas, todas assim vesguitas para um dos lados. Seria pura coincidência?
Nenhuma de nós tem nada contra a inclinação da dita cuja, mas a curiosidade leva-nos a perguntar: serão todas inclinadas? E se forem serão para o mesmo lado? Será que têm alguma coisa a ver com a forma como as ajeitam nos boxers? Se existirem inclinações diferentes haverá mulheres que prefiram uma em detrimento de outras?
As questões ficaram no ar. Não há por aí nenhum iluminado que nos elucide?

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Ana a suspirar...

Possessa!

Possuída! Embutida de um espírito demoníaco e não no bom sentido da coisa!
Com um mau feitio do caraças e só me apetece dar pontapés na mobília e atirar coisas ao chão.
Digam-me, meninas que aqui espreitam: como fazem para os vossos homens vos ouvirem?
Digam-me, meninos que andam por aí: o que é que uma gaja tem de fazer para que prestem atenção ao que ela diz?

Ontem foi dia de jantarinho romântico, beijinhos no sofá e sobremesa na cama. Sim, na cama porque ai jesus, senhor, que horror fazer amor ali no chão da sala, que inapropriado.
Quando comecei a namorar com o João eu sabia que ele era um pouco conservador. Sabia que não era provável irmos juntos fazer comprinhas à sex shop mais próxima e até estava desconfiada que ele se sentiria desconfortável se eu o sugerisse. Por mim tudo bem, não temos de ser todos iguais.
Não foi surpresa para mim descobrir que para ele sexo era na cama e que não se fala dessas coisas com amigos nem na brincadeira.
Não me incomoda absolutamente nada que ele não tome a iniciativa de fazer de vez em quando algo diferente.
Agora... que ele não ligue ao que eu digo acerca do que gosto e deixo de gostar na cama.. ISSO INCOMODA-ME MUITO!!!!
Incomoda-me mais ainda que quando eu o confronto com esta situação a sua resposta seja um envergonhado " a XXXX gostava assim...".
Estamos juntos à quase 5 meses e nos primeiros tempos eu não tinha à vontade suficiente para pedir isto ou aquilo e sei que em parte a culpa é minha de não o ter "ensinado" logo de início, mas há já algumas semaninhas que eu deixei de ter vergonha na cara e lhe fui dando algumas dicas.
Afinal sexo é um jogo, não é? O objectivo é dar e ter o máximo prazer. Ele gosta que eu meta uma almofadinha debaixo do rabiosque para ficar mais levantadita e eu meto com todo o gosto. Mas tem de funcionar nas duas direcções.
Depois da noite de ontem me ter deixado, mais uma vez, de aguinha na boca, quando acordámos hoje de manhã decidi ter uma conversa longa com ele.
Na boinha, nada de queixinhas... Perguntei-lhe se havia alguma coisa que ele gostasse que eu lhe fizesse, que posições ele gostaria de experimentar, se ele tinha curiosidade em experimentar brinquedos e aproveitei para lhe contar algumas das minhas fantasias, as minhas posições favoritas, o que eu gostava mais que ele me fizesse, essas coisas.
A conversa não foi de todo desagradável pois chegamos ao fim excitados os dois e prontos a meter em prática o que tínhamos estado a falar.
Deitei-o de costas como ele tinha confidenciado que gostava mais, beijei-lhe o peito, mordisquei-o, lambio-o, lambuzei-o e sentei-me confortávelmente em cima dele pronta para uma sessão fantástica de sexo.
Todos conseguem adivinhar o que se passou, certo? Claro que conseguem, senão eu não estava para aqui a escrever estas baboseiras.
O João é um rapaz meigo, atencioso, trata-me super bem, lembra-se de coisas patetas como de me trazer flores sempre que passa mais um mês desde que começámos a namorar... e quanto ao sexo da quantidade não me posso queixar nada, nadinha... mas a qualidade... Não é que ele seja mau na cama, mas ainda não me aprendeu. Parece que está convencidissimo que todas as mulheres são iguais e que se a ex gostava então eu também devo gostar.
Alguém tem algum conselho de ouro?

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

6 filmes, 3 gajas, um tiramisu

Perdão... três meninas. Três donzelas. Três senhoras!
Estava eu a sair do escritório quando toca o telemóvel. "Vou passar por aí e vamos ver um filme!"
Por trás da voz decidida da Madalena (sim, a tal Madalena... eu tenho de a apresentar como deve de ser..) estava a cantoria da Andreia "I don't wanna close my eyeeeeeeeees!!!!!".
Não sou rapariga de dizer que não a boleia e filme, por isso apressei-me a descer as escadas e ir para a curva do costume.
Sim, eu tenho uma curva do costume onde espero por todas as boleias.. não se incomodem a fazer piadas com o assunto que estão todas mais que gastas. :P
Eram seis e meia quando chegámos ao cinema e olhámos para as bilheteiras. Podiamos escolher entre 6 filmes: Hora de Ponta 3, Resident Evil 3: Extinção, Estás Cada Vez Mais Frito, Meu!, Um Azar do Caraças, 1408 e O Reino com 10 minutos de atraso. Começa a problemática...
Eu já tinha visto o Azar do Caraças (blharggg) e queria ir ver o Resident Evil .
A Madalena já tinha visto o reino e não queria ver filmes de terror.
A Andreia já tinha visto o Hora de Ponta.
Nenhuma de nós queria ver o dos fritos.
Resultado final: não houve cinema para ninguém. Em vez disso toca de passar pelo Pingo Doce, comprar uma caixa de tiramissu e rumar em direcção à minha casa.
Apesar de ter pena de ter perdido mais uma oportunidade de dar uso ao cartão jovem (há que espremer enquanto dura!!), foi bom passar umas horinhas na cusquice e partir cascalho.
Eu sei que os homens por aí a fora se perguntam "mas o que é que as gajas fazem quando estão sozinhas?".
A resposta é simples.
Penteamos os cabelos umas às outras, aplicamos máscaras hidratantes, damos massagens com óleos perfumados, debatemos opiniões sobre lingerie, trocamos de soutiens, comparamos mamocas, comemos morangos das barriguinhas e dos decotes umas das outras...
...
...
...
Pois, não, não é bem isto. Temos pena, mas normalmente falamos de coisas fúteis do tipo o que é que o cabrão do chefe da Andreia fez desta vez, quem é que dá o jantar da semana que vem, quando é que a Madalena muda para estas beiras e o tempo e essas coisas.
E o tiramisu não sobreviveu...

terça-feira, 25 de setembro de 2007

A cavalo dado entre os lençois não se olha o dente entre as pernas

Saltitando de blog em blog caí no Rafeiro Perfumado e vi um desafio que considero atingir os mais elevados níveis de genialidade.
É bastante simples: basta pegar num provérbio português e acrescentar "debaixo dos lençois" à primeira parte e "entre as pernas" à segunda de modo a que continue a fazer sentido.
Eu ainda sou novata nestas andanças por isso ainda não recebo desafios de lado nenhum, mas vós julgais que isso me impede de dar largas ao meu vasto conhecimento de ditos e ditados? Ah!
Vamos a alguns exemplos:

A necessidade debaixo dos lençóis aguça o engenho entre as pernas.

Amigo verdadeiro debaixo dos lençois vale mais do que dinheiro entre as pernas.

Apanham-se mais moscas com mel debaixo dos lençois do que com fel entre as pernas.

Besta grande debaixo dos lençóis, cavalo de pau entre as pernas.

Até agora o único que encontrei que deixa de ser verdadeiro é este:
Bom serás debaixo dos lençóis, se morto estás entre as pernas.

Mas, sem sombra de dúvida que o meu predilecto é:
Em tempo de guerra debaixo dos lençois todo o buraco é trincheira entre as pernas

domingo, 23 de setembro de 2007

Voyerismo

Eu confesso. Eu gosto de ver. E de ouvir. E de ler.

Pensei nisto hoje no autocarro no caminho para casa.
Duas filas à frente do meu lado esquerdo ia um par de namorados concentradíssimo num enfianço mutuo de línguas goela a baixo, não deviam ter mais de 20 anos e estavam muito in love, com as hormonas todas aos saltos.
Enquanto a velhota que ia ao meu lado resmungava indignada eu inclinei-me para o lado com a desculpa de dar mais espaço ao seu saco de couves (que era enorme, não sei como a senhora conseguiu arrastar aquilo até ao autocarro...) e deliciei-me com a vista.
Ele tinha a mão na cintura dela e ela fazia-lhe rolinhos com os dedos no cabelo enquanto intercalavam longos beijos com sussurros de olhos nos olhos.
Pensei eu de mim para mim : ora é bem verdade, eu gosto de ver namorados na marmelada, excita-me ouvir os meus já famosos vizinho do lado e agora ando a cuscar blogs eróticos pela net fora. Eu sou uma grandessíssima voyerista, é o que é!

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Lá se vai o fim de semana

Quase meia noite e os vizinhos do lado ainda não se dedicaram ao farrobadó. Parece que hoje não tenho banda sonora para adormecer.
O dia de hoje fez-me repensar se será boa ideia ter um blog. O entardecer trouxe com ele aquela sensação de "a minha vida é uma pasmaceira" e o meu resto de bacalhau com natas aquecido no micro-ondas e comido no sofá a fazer zaping deixou-me tristonha.
A minha ronha de domingo à noite já me acompanha há muito tempo. É motivado pela preguiça mesmo, pela ideia que daqui a bocadinho é segunda feira e tenho de me levantar cedo.
Para me animar enchi a banheira, despejei uma porção generosa de gel de banho de baunilha e (esta é a parte menos glamorosa) meti o portátil em cima do cesto da roupa suja e fui passear.
Não sei se foi da água se dos blogs que andei a espreitar... mas comecei a ficar com uns calores que nem vos digo nem vos conto.
Tomei o resto do meu banhinho com calma, sequei-me e deitei-me na cama. Hoje até me dava jeito a banda sonora dos vizinhos...
Como não sou rapariga de ficar com fome fui buscar o computador e continuei as minhas leituras.
Há um parágrafo em particular que prende a minha imaginação:

"Desce sobre mim e beija-me a boca... o queixo... morde-me o pescoço... aprisiona-me um mamilo nos lábios, nos dentes... hummmm Arqueio-me e ofereço-me, sim! Não posso deixar de tocar, de sentir a pele quente e viva na minha. "

O computador fica esquecido e em pensamento já estou nos braços de um alguém que me sabe de cor.
Num gesto quase envergonhado desço a minha mão e toco-me ao de leve. Um roçar suave e tímido que não revela a segurança de quem me toca em sonhos.
Balanço-me numa almofada presa entre as pernas como fazia quando era pequena e ainda não sabia que sexo era tabu.
O orgasmo não tarda pois a minha imaginação é agil.

-Bem - penso ofegante para com os meus botões - pelo menos já tenho alguma coisa para contar no blog.

Continuou assim: Blogó-tuning

Depois da "noitada" de ontem foi com algum custo que me arrastei para fora da cama às 11 e meia da manhã de hoje.
Vesti-me com preguiça, passei a escova pelo cabelo enquanto pensava que já era altura de lhe ir dar um cortezito decente, dois borrifos de perfume e um pouco de baton e lá vou eu à minha vidinha.
Almoço com o meu moço, passagem por 4 lojas de roupa para ele comprar umas calças de ganga pretas e aterrámos cá em casa.
Pensei em mostrar-lhe as minhas descobertas da noite anterior mas mudei de ideias. Não me parece ser coisa que o seduza, o mundo dos blogs. Melhor assim.
Ligámos a televisão e ficamos no enrosca-enrosca e eu, que não vou muito à bola com a Unidade Especial que ele segue religiosamente acabei por adormecer.
Sonhei que me tinham vindo a casa montar uma parabólica na casa de banho e que eu não estava à espera e não tinha dinheiro para lhes pagar. Por momentos achei que estava num filme porno rasco e que tinha de pagar o servicinho com o corpo, ideia que não me agradava porque o homem estava todo sujo de óleo (aparentemente aquela parabólica muito oleadinha). Eis senão quando me entra porta a dentro a Madalena e eu fico a olhar para ela com cara de “olha, há umas semanas que não me aparecias em sonhos” e me espeta um beijo na boca. Mas um beijo com certificado de qualidade! Ora upa, upa que o sonho subiu de divisão!
Infelizmente foi nesta altura que acordei com os berros do Jackie Chan...
Ora eu sou uma gaja comprometida e fiel... e o que é que uma gaja comprometida e fiel faz quando se enrola com gajas em sonhos? Vai tomar banho que é para não ter ideias...
Mas que mal fiz eu???
Resultado: vinguem-me no blog.
Olhem ali para a direita: ele é links, ele é música...

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Tinha começado assim

plano era recuperar o sono perdido das últimas duas noites e ir para a cama cedinho. Se há coisa que nós vamos aprendendo ao longo da vida é planos leva-os o vento.
O banhinho estava tomado. Tinha a minha chávena de chá de menta. Tinha o meu livrinho na mesa de cabeceira. Chegada à página 37 começa a festa.
O meu quarto é paredes meias com o quarto dos vizinhos do 3º Esquerdo e os vizinhos do 3º esquerdo são... animados. Sextas feiras á noite é dia de rambóia e eles levam a rambóia muito a peito.
Lá vieram os habituais "ai, amor... ai, ai" e os "ui, que bons".
Não me interpretem mal... não sou púdica nem tenho problemas com o sexo escaldante alheio... mas hoje estava molinha e aqueles gemidos todos estavam a fazer com que a minha cama parecesse demasiado grande.
Levantei-me, peguei no portátil e fui para a sala.
Mandei uma mensagem ao João na esperança que ele tivesse em casa e lhe apetecesse ir para o messenger mas não me respondeu.
Comecei a passear pela net.
Por aqui.
Por ali.
Ora deixa-me cá procurar se alguém também tem vizinhos barulhentos.
Abro o google, escrevo "vizinho a ter sexo" e aparece-me logo esta fantástica notícia:

Assassinado por simular sexo com frigorífico

A simulação de relações sexuais com um frigorífico foi ontem apresentada, no tribunal da Lousã, como o motivo que desencadeou uma reacção que viria a culminar com um homicídio, numa aldeia serrana. O autor do crime, um português de 27 anos, disse ao colectivo de juízes que interpretou esses "gestos obscenos" feitos pela vítima como uma ofensa à sua companheira. Tudo se passou a 28 de Abril de 2005, em Catarredor, Lousã. O arguido, acusado de homicídio qualificado, contou que estava a almoçar com vizinhos, quando a vítima, austríaco, de 47 anos, entrou embriagado.
(...)
Ao início da noite diz ter continuado a pensar no assunto. Os outros vizinhos ainda o terão tentado convencer a "não ligar", porque a vítima "era assim quando bebia". Mas sem sucesso. "Descontrolei-me. Deixei-me levar um bocado pelas emoções", admitiu.

Dirigiu-se a casa da vítima, alegadamente para conversar, mas levou uma catana que tinha em casa.
(...)
A conversa "começou a azedar", na versão do arguido, a partir do momento em que a vítima lhe terá dito que a sua companheira "ainda poderia vir a ser a namorada dele". A partir daí admitiu ter-se descontrolado e deu-lhe "uma série de catanadas". Segundo a PJ, só na cabeça a vítima foi atingida com 16 golpes."

Quem acha que depois desta descoberta a minha noite não podia melhorar está bem enganado. É que fiquei entusiasmada com o meu sucesso e continuei as minhas pesquisas.
Qual o meu espanto quando descubro um mundo de blogs que poderiam muito bem ser dos meus vizinhos "anda-cá-que-te-como" ali do lado.
Quis comentar um deles... mas não aceitava comentários anónimos.
Quis comentar outro... mas tinha de ter conta no blogger.
Estão a ver onde isto vai chegar, não estão?
Ora que coisa! 3 da manhã parece-me uma hora tão boa como outra qualquer para criar um blog.
Se bem o pensei melhor o fiz. Treca-treca-treca e nasce o 3º Frente. A minha janela para espreitar o que se passa por de trás de outras portas fechadas.
Sejam bem vindos, mas limpem os pés antes de entrar.