segunda-feira, 19 de novembro de 2007

À luz da lareira

Deveria ter sido à luz da lareira, ao som de saxofone e num tapete peludo e fofo... Mas foi ao calor do radiador, ao som da RTP1 e no sofá da sala que ele me beijou.
Se o cenário não era perfeito o beijo safou-se bastante bem.
Tarde passada no cinema a ver um Happy Never After morno (a panca por filmes de criança é minha... e às vezes sai-me o tiro pela culatra...), conversa boa e jantar com direito a elogios à minha lasanha.
Depois do jantar resolvi armar-me em gaja cool e convenci-o que não me importava nada de ver com ele o jogo da selecção e para aprender a não mentir com os dentes todos adormeci nos primeiros 20 minutos do jogo. Eu não tenho a culpa!! Os comentários dos jogos de futebol dão-me um sono de morte e nós estávamos no sofá com o radiador a aquecer os pés e a mantinha em cima dos joelhos.
Não quero pensar que a cabeça me tenha descaído para um ângulo estranho que me tenha feito ressonar feita porca e que um fio de baba me tenha escorrido pelo canto da boca. Não! Recuso-me!!! Isso não aconteceu porque o universo gosta de mim e não me ia fazer uma coisa dessas... espero.
Bom, mesmo que tal desgraça tenha acontecido tive sorte porque ele deve ter um fetiche com raparigas despenteadas e babosas e eu tive direito a acordar com festinhas no cabelo. O jogo já tinha acabado e ele achava que eu estava cansada e que se devia ir embora. Raios partam os comentadores de futebol e a sua voz hipnótica que me forçaram a dormir! Então.. então era tão cedinho e o gajo já se queria ir embora? Dei três tacadas mentais com um pé de cabra a mim mesma.
Pensava eu que a noite tinha acabado quando o menino, já de casaco na mão para se pisgar, tem a brilhante ideia de se inclinar sobre mim e me dar um beijo de boa noite nos lábios. Abençoadinho. Que seja muito feliz na sua vida porque merece.
Ora eu não sou rapariga de ser mal agradecida e retribui o beijo. Enlacei as minhas mãos à volta do seu pescoço para impedir uma possível mudança de ideias e consequente fuga.
Quando finalmente me afastei para recuperar o fôlego o que vi foi um sorriso profundamente sacana...
- Então, já não se pode dar um beijo de boa noite? - diz-me o desgraçado a arreganhar a tacha.
Bluff!! Onde já se viu! A dar-me a tanga de que eu estava cansada e tal e coiso e era tudo bluff.
Antes que eu pudesse protestar acerca das suas intenções obviamente pouco nobres ele beijou-me novamente, sentou-se ao meu lado no sofá e puxou-me para o seu colo.
O que aconteceu a seguir vocês podem imaginar...
Podem imaginar... mas isso não quer dizer que eu não aproveite esta oportunidade para levar o meu blog ao próximo nível ( o ambicionado semi-quase-porno) e vos contar tudinho.
O rapaz tem arte... já há uns anos que eu não era tão bem fodida!
Para terem uma leve ideia conseguiu tirar-me o soutien em menos de 20 segundos e só com uma mão enquanto me presenteava com mais um beijo de cortar a respiração. Ora como todos sabem isto é uma prova científica de que ele sabia o que estava a fazer!
Já despidos deitou-me no sofá e beijou, mordiscou, lambeu, chupou, soprou e acariciou cada pedacinho de mim. Eu ainda tentei apanhá-lo desprevenido e retribuir o gesto mas cada tentativa era travada. Depois do terceiro "mas tu não sabes estar quietinha e aproveitar?" desisti e deixei que o moço fizesse o trabalhinho. E que trabalhinho! Foi tão bom, tão bom, tão bom que se eu tivesse a pagar tinha dado gorgeta!!! :P
Quando eu comecei a sentir a minha sanidade mental a escapar-se e já pedia pelo amor da mãezinha o senhor achou que já chegava daquela tortura deliciosa e, depois de uma cena um bocado ridícula em que fiquei com o cabelo preso no relógio dele (sexo perfeito só nos filmes, minha gente... :) ), preencheu-me.
"Preencheu-me", para aqueles que não apanharam a ideia, era a minha maneira delicada de vos indicar que me abriu as pernas com as suas mãos quentes e finalmente me enfiou o pénis (pila, mastro, pau, tronco, másculo espigão, membro, cacete, espeto, falo, grosso, guelhamango, instrumento,verga.. escolham o sinónimo que vos excite mais) na vagina (coisa, baboca, pachaneca, greta, cona, crica, nêspera, passaroca, rata, senaita, farfalota pimpinela, pombinha, xaxa ... que não vos faltem escolhas).
Como hei-de descrever a sua técnica? Lenta, profunda, forte, meiga, orgásmica.
Ai... eu sei que isto é feio de se dizer, mas fiquei mesmo consoladinha.
E foi assim que ganhei um amigo colorido.
E vocês? Como foi o vosso fim de semana?

sábado, 17 de novembro de 2007

Receita de Lasanha

Esta receita dá para fazer lasanha para 2 refeições de duas pessoas que não comam há dois dias.
São precisas 40 folhinhas de massa para lasanha, 600 gr de carne de frango picada, pimentos cortadinhos em pedacinhos muito pequenos, massa de pimentão, ervilhas, milho, alho francês, natas, 100gr de cogumelos, 100 gr de bacon, queijo e tempero a gosto.
Para fazer a carne derrete-se 100 gr de manteiga com 2 cubos de caldo de carne, uma pitada de sal, os pimentos, 100 gr de cogumelos fatiados, alho francês e 100 gr de bacon. Após o bacon ter libertado a sua gordura junta-se a carne e deixa-se fritar um bocadinho. De seguida atira-se para dentro do tacho as ervilhas e o milho. Junta-se uns 3 dl de natas e mexe-se tudo. Termina-se com duas colheradas de massa de pimentão misturadas na mixórdia e mete-se o lume no mínimo.
Noutro tacho ferve-se uns 4 litros de agua para cozer as folhas de massa. Convém cozer poucas de cada vez para não se pegarem umas às outras. 5 minutinhos é o suficiente para ficarem bem cozidas.
Unta-se um tabuleiro grande de ir ao forno com manteiga e começam-se a dispor as camadas: massa-carne-massa-carne-massa-carne-massa.
Noutro tacho (espero que tenham máquina de lavar loiça) faz-se o molho branco aldrabado, que consiste em 100 gr manteiga derretida com 2 caldos de carne e meio litro de natas, tudo muito bem misturadinho.
Despeja-se por cima das camadas e cobre-se com resmas de queijo ralado!Leva-se ao forno para derreter o queijo e está prontinho!
É isto que já está semi-preparado para servir ao jantar.
Sim, não é difícil de adivinhar que hoje vou ter mais uma visita de um certo amigo, pois não?
O que vocês não adivinham é que esse certo amigo me veio buscar na quarta feira à noite para irmos jantar fora e ver (finalmente!!!) o Resident Evil.
O filme foi uma bosta, mas o serão correu muito bem. E eu já me deixei de ser parva e levei a camisola certa. Sim, não vamos ser tontinhos, um gajo que faz 60 km para me vir buscar mais 60 km para me levar a jantar mais 60 para me vir pôr a casa mais 60 para voltar para casa está, pelo menos, um bocadinho interessado. Aliás, ao preço a que está a gasolina eu arriscaria dizer que está mesmo interessado.
Depois de um serão tão agradável eu lancei logo um desinteressado (claro) "no sábado vou fazer lasanha... queres vir cá almoçar?".
Infelizmente já tinha planos para o almoço de hoje... mas às duas horas vem ter comigo e a lasanha fica reservada para o jantar.

domingo, 11 de novembro de 2007

A Madalena

Já devem estar curiosos acerca da minha amiga Madalena.
Se não estão curiosos depois de eu vos contar que passei a noite toda (em sonhos, claro)aos beijos e amassos à pobre da rapariga no sofá da sala devem ficar, no mínimo intrigados.
Conheci a Madalena no liceu, era eu uma menina. Eu era uma menina, ela com os seus dois anos inteiros de avanço já era uma senhora... e de meia idade, com certeza. Uma senhora de meia idade que me havia de dar com qualquer coisa pesada na cabeça se lesse isto.
A Madalena era uma daquelas amigas em que 3 dias depois de a conhecer já eu lhe tinha contado a vidinha toda de uma ponta à outra. Daquelas pessoas com que nos sentimos logo estranhamente à vontade.
Como é que eu passei desta descrição para desatar a ter sonhos menos próprios com a gaja é que eu não sei.
Se calhar é por a rapariga ter a mania de morar longe como comó (sim, comó) caraças e eu por ter saudades acabo por as sublimar enquanto durmo.
Se calhar é por a ter tão pertinho do coração e apesar da distancia a que a porca está ser a primeira pessoa a quem conto tudo e mais alguma coisa e então o meu sub-consciente arranja-me estes sonhos para exprimir a proximidade.
Se calhar foi aquele fatídico dia em que eu decidi ficar-lhe a fazer companhia enquanto ela tomava banho e me choquei a mim própria com o pensamento muito pouco amigável de "ela é linda!". Pensamento esse seguido de vários "Anita, caramba, estás parva ou quê... ela é uma menina!".
Se calhar é apenas um complexo de culpa por ter pensado tal coisa de tal maneira.
Também não interessa nada... a verdade é que de tempos em tempos, lá me aparece a rapariga em sonhos. É a vidinha, o que é que se há-de fazer?
E pronto.. isto tudo para dizer que a Madalena faz anos e eu ainda ando às voltas com a prenda que lhe hei-de comprar...

sábado, 3 de novembro de 2007

Ana - a herege deserdada

Depois de no ano passado ter chocado a minha mãe com uma versão em dueto com a Andreia do Fuck Her Gently eis que este serão volto a fazer-lhe tremer os alicerces da convicção na boa educação que deu à filha.
Hoje, depois de lhe ter cravado jantar, enquanto metia um prato sujo de arroz de marisco na máquina de lavar loiça, cantarolei sob o seu olhar reprovador:

"I wanna do it over here
I wanna do it over there
Cause i love you
Or maybe i just wanna fuck you"

Eu era uma rapariga semi-quase-decente! A culpa é da senhora Borboleta Endiabrada e dos vizinhos do lado!!!

E para quem não sabe o que é o fuck her gently, basta carregar no play para colmatarem essa falha na vossa cultura.

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

É em coro

A mana dá de frosques e quem fica a tomar conta da bichana sou eu. É já tradição. Não pode ver um feriado a dois passos do fim de semana que lá vai ela.
Lá vem a cadelita com duas malas atrás. É a caminha, é a mantinha, são os dois peluches, o caqueiro da água e da comida, as latinhas da comida e os doces para quando vai à rua.
A bichinha é muito sossegada e como ainda não me virei para certas e determinadas práticas mal dou por ela... excepto quando há festa ali do lado.
Sim, sim, estou a falar dos meus vizinhos!
Estava eu enrolada na cama a ler com a bola de pêlo aos pés quando começo a ouvir os habituais risos pré-queca.
Sim, os meus vizinhos têm um riso pré-queca. Ele diz qualquer coisa e ela ri-se com ar de menina inocente. Uns ih-ih-ih quase púdicos.
Depois do riso vem normalmente os gritinhos "ai, não me toques que eu estou a fazer-me de difícil".
Depois os gemidos tímidos. Depois os gemidos desavergonhados.
largas à imaginação e inserem algum diálogo.
As paredes são relativamente finas e a maior parte do som chega a mim sem problemas mas é-me difícil perceber ao certo o que eles dizer. Só o que lhes sai com mais entusiasmo é que chega a este lado da parede como sendo uma palavra perceptível.
Por vezes são os "que tetas, que tetas" dele, outras o "ai amor, amor, amor" dela. Uma coisa que chega sempre alto e bom som é o "cabra!".
Talvez por isso a bichinha ache que eles estejam chateados e a discutir... é que sempre que a cá tenho em casa ela passa as sessões dos vizinhos a ganir, baixinho, como se estivesse infeliz.
Será que também ela tem inveja, coitadinha?

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

A culpa foi da festa

Ou da festa ou da mensagem às 4 da manhã que dizia apenas "agora sim, tens direito a parabéns com letra grande".
Seja por que motivo for estava eu sossegadinha sentada nos degraus da escada quando a Madalena se sentou atrás de mim e me deu dois beijos no pesçoco. Espera... Madalena, beijos no pescoço... é oficial, Anita, estás a sonhar.
Passou as mãos dela ao de leve pelos meus braços e senti um arrepio a percorrer todo o meu corpo. Tentei virar-me para trás, para a ver mas ela encostou-se às minhas costas e ficou ali, quieta, os dedos dela enlaçados nos meus.
De repente já não estava na escada, estava no chuveiro em casa dos meus pais e ela estava lá. Completamente vestida a tomar banho e lembro-me de pensar "será que a água está fria e é por isso que ela está de camisola?"... eu não tenho tiradas muito inteligentes nos meus sonhos, note-se.
E pronto, mais um para juntar à minha colecção.

Quarto de século

Era uma vez, há muito, muito tempo atrás, um menino e uma menina que só queriam ter uma filha e dois gatos. Esse menino e essa menina foram passar um fim de semana fora deixando a filha única em casa dos avós para que pudessem comemorar o aniversário do seu casamento como deve de ser. Esse menino e essa menina beberam champagne (leia-se espumante que isto é gente modesta) a mais nessa noite e esqueceram-se que queriam ter uma filha e dois gatos e que a filha já tinham.
Nove meses depois, conta a história, esse menino e essa menina mandaram a ideia dos gatos ao ar e renderam-se às evidencias: era muito mais sensato ter duas filhas do que dois gatos.
Diz-me a minha avó entre risos que naquela noite a festarola deve ter sido de tal ordem que eu nunca fui boa da cabecinha. Aparentemente o estado de embriaguez era tal que os "branquinhos do meu pai" se fossem mandados parar pela polícia eram todos recambiados para a prisa. Foi um milagre que tenham conseguido fecundar alguma coisa.
Após este inicio de vida tão auspicioso passaram-se 25 anos e eis-me aqui.
Ontem foi dia de jantar com os amigos, de ser mimada por todos, de muito riso e muita galhofa até às 4 da manhã em casa da Andreia. Foi o que eu estava a precisar para sair do humor cinzento com que andava.
Hoje o dia vai ser muito calminho porque o tinha deixado livre pensando que ia comemorar com o João de maneira que vou almoçar a casa dos papás com a famelga e depois vou passar a tarde entre compras de prendas, visitas de blogs, longos banhos e leituras acompanhadas de chá e torradinhas. Que maravilha!
Os vizinhos do 3º esquerdo não se esqueceram que hoje é um dia especial por isso brindaram-me logo às 10 da manhã com um acordar fogoso. Pelo que percebi hoje estavam a tentar qualquer coisa de diferente porque houve muitas interrupções. Os "ai que foda, ai que tetas" eram entrecortados por "espera, deixa-me virar" e por alguns "tira, tira" muito pouco habituais... daquele lado o que se ouve é mais "mete, enfia" e "mais, mais", "tira" é mesmo muito raro.
Eu sou uma pessoa curiosa e uma vizinha preocupada com os co-habitantes do seu piso por isso encostei o ouvido à parede para ouvir melhor. Ainda me lembrei de ir buscar um copo mas achei que isso era coisa de telenovela.
Eles passaram à vontade uns 20 minutos naquela de vai não vai, "ai que é tão bom" e "pára agora um bocadinho" até que deram por encerrada a experiência e voltaram aos já costumeiros "aperta-me as mamas, com força, mais!" e "gostas, não gostas, CABRA!!!".
Foi assim na companhia dos gemidos dos vizinhos que eu comecei o dia de mãozinha entre as pernas, respiração ofegante e na cabeça a ideia que se calhar devia comprar uns brinquedinhos como prenda de anos.
Sim... é que no que a brinquedos diz respeito eu sou muito pobrezinha. Ainda a semana passada quando respondi ao desafio do Mr. e da Miss me apercebi disso. Tenho um vibrador que comprei há uns 4 anos e que pura e simplesmente não uso porque aquilo é rijo que nem cornos e muito pouco confortável e uma embalagem de um lubrificante manhoso que já deve ter passado de validade. Isto é inadmissível!
Este novo quarto de século que se inicia agora vai (escrevam o que eu digo!) ser uma época de novas experiências, de descobertas e de compra de artigos em sex shops!
Então, o que me aconselham a comprar?