terça-feira, 6 de maio de 2008

Ana e as amigas

Eram sete da tarde daquela sexta feira sombria... quase sombria. Pronto, estava sol e calor, vá larguem-me a porta, picuinhas!
Eram sete da tarde, estava eu a dizer, e a Anocas esperava na esquina do costume. Desde as seis e meia que não havia ninguém que a abordasse e a ultima pessoa a fazê-lo apenas queria indicações de como chegar à praça de touros.
Um relance nervoso ao relógio do telemóvel mostra que o ponteiro já passa um bocadinho das sete.
Finalmente um carro para e abrem a janela.
-Oh menina, é quanto para fazer o serviço a três raparigas jeitosas?
Dentro do carro 3 pares de olhos fitam-na, expectantes.
A Aninhas aproxima-se da janela, alisa a saia e diz com o seu ar mais dengoso:
- Oh minhas ranhosas, não sabias mandar uma mensagem a dizer que estavam atrasadas? Estou aqui de pé desde as seis e vinte, já me doem as pernas. Andreia Felizmina e esse telemóvel é assim, para estar desligado, sua desgraçada.
E foi assim que começou o fim de semana.
Aproveitando uma visita (coisa rara) da Madalena cá à terrinha e o aniversário da tresloucada combinámos fazer um fim de semana de gajas... mas a Sandra tinha planos para Domingo por isso combinámos fazer uma sexta e um Sábado de gajas... mas a Andreia tinha de ir ver a tia a cascos de rolha no Sábado à tarde por isso combinámos uma sexta e um sábado de manhã de gajas. Foi o que se arranjou.
Telefonema para a telepiza, muita má lingua e por volta das 11 da noite a conversa começou a descer de nível e a subir de interesse. Quem deu a primeira machadada foi, como é óbvio, a Andreia que entre uma bolacha e outra atira para o ar um "ontem convenci o Bruno a fazer uma sessão fotográfica para me oferecer nos anos.".
Então aparentemente lá convenceu o moço a fazer um strip tease enquanto ela tirava fotos como se não houvesse amanhã. Depois passou-lhe a máquina para as mãos e disse-lhe que escolhesse a que mais o favorecia e lha desse em tamanho A3.
Nesta altura já estávamos todas a rir a imaginar a cara do rapaz a ir ao Office fazer a impressão da foto.
A Sandra, para nosso espanto, que ela tem aquele ar de quem não parte um prato, confessou que tinha feito uma coisa semelhante para dar ao Fábio, mas que tinha "tratado de tudo em casa" e que ele estava proibido de alguma vez mostrar a foto ao mundo.
A Madalena que anda de máquina atrás para todo o lado fugiu ao "então e tu?" com um enigmático "isso agora...".
Eu lá expliquei que não me dou nada bem com máquinas fotográficas. Não gosto de tirar fotos, fico sempre com ar que quem está a rosnar. Não é bonito de se ver... Isto mereceu um amigável "oh que disparate, tenho eu de te tirar umas fotos um dia destes para te passar essa mania" por parte da Madalena.
Completamente inocente, ri-me e nem pensei duas vezes naquilo, continuámos na palheta até às tantas.
Como é óbvio o meu subconsciente achou piada à ideia e quando me fui deitar já passava das 4 da matina, lá se divertiu ele com uma sessão fotográfica.
Começou oh-tão-inocentemente... mas é um sonho meu, não estavam à espera que se fossem tirar umas fotografias tipo passe, pois não?
É que nem cinco minutos tinham passado já ela me dizia para eu tirar a camisola. Perante a minha relutância pousou a máquina e veio ao pé de mim. Fez-me uma festa no cabelo e puxou a camisola sobre a minha cabeça deixando-me completamente nua. Sim, eu estava completamente vestida e depois de tirar a camisola fiquei completamente nua. E sim, nestes sonhos eu sou uma dada e salto da roupa que é um instante.
Voltou a pegar na máquina e tirou meia dúzia de fotografias enquanto eu procurava um buraquinho para me enfiar. "Estás envergonhada porquê?", perguntou sentando-se ao meu lado? E zás, lá me dá um daqueles beijos que eu já começo a conhecer muito bem.
Acordei um bocado sobressaltada e olhei para o relógio. Já devia estar vestida e a sair da porta para ir ter com elas.
Passei a manhã toda de Sábado a tentar não me desatar a rir quando olhava para a Madalena...
Ai senhores, para o que me havia de dar, hum...

Sem comentários: