segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

De volta aos brinquedos

Começo já com o lubrificante maravilha. Não quero outro. Nunca mais volto a comprar outro lambuzante que não seja à base de silicone. É absolutamente fenomenal, estou maravilhada, se houvesse uma manifestação a favor deste lubrificante eu ia para lá de cartaz na mão.
Basta uma pequena gota para que tudo fique confortavelmente escorregadio, nunca fica pegajoso e, oh felicidade, resulta na perfeição debaixo de água. Não cheira, não sabe e não mancha, é como se nem estivesse lá. De 1 a 10 dou-lhe 23 e meio!
As anal beads e o dildo transparente foram comprados com o intuito de experimentar sensações novas, de ver se eu era gaja para gostar de brincadeira na porta dos fundos ou nem por isso.
A minha primeira experiência, infelizmente, foi com o dildo transparente. Digo infelizmente porque depois de ter brincado com o Crystal lover (tem um nome tão pomposo) as beads ainda só foram usadas duas vezes... uma para experimentar e outra porque estavam mesmo ali ao lado da banheira e eu já estava dentro do banho.
Santa pipoquinha... quando me deitei no sofá com o brinquedito e o super-lubrificanto eu não estava preparada para o que dali ia sair.
A única coisa que alguma vez foi enfiada no meu inocente rabiosque foi um dedo meu numa tentativa falhada de ver qual a sensação e na altura não gostei muito. Não tinha usado lubrificante e não senti prazer, apenas um leve desconforto.
Arranjei as almofadas, aproximei o meu fiel radiador para não ficar com frio e deixei cair as cuequinhas no chão. Era hora da brincadeira.
Peguei no meu crystal lover e lubrifiquei-o generosamente. Se houve coisa que encontrei em toda a informação que me passou pela frente relativamente ao sexo anal foi que a lubrificação é essencial e eu sou bem mandada e sigo os conselhos que me dão. Em seguida lambuzei o rabo. Todo! Bochechas incluídas! Que nunca seja dito que aqui a Aninhas não se besuntou toda como deve de ser!
Na minha cabeça eu saltitava entre a ansiedade de enfiar o dildo no cu, o medo de ficar desapontada com a sensação e a excitação que a ideia me estava a causar.
Deitei-me de lado e com muito cuidado enfiei a ponta mais fininha só um bocadinho. Não senti nenhum tipo de desconforto mas também não senti arrepios de prazer por isso enfiei mais um pouquinho e soube-me bem. Tirei e voltei a enfiar novamente, desta vez ainda mais um pouco e senti-me a relaxar. Voltei a tirar e a enfiar, sempre muito devagarinho e sempre um pouco mais fundo.
Estive assim num leve embalar durante longos minutos, com muita calma, sem pressas. Para terem uma ideia o mais que enfiei foram uns 3 cm até que a excitação começou a apoderar-se de mim. Acelerei o ritmo e comecei a movimentar as ancas. A mão que não estava ocupada aproveitou-se da minha distracção e acariciou-me o clítoris. Ao de leve, muito ao de leve mas foi o suficiente, assim que me toquei a junção das duas sensações foi demais e vim-me.
A quem torce logo o nariz quando se fala em estimulação anal deixem-me que vos diga.... é MUITO bom! O orgasmo é diferente... como é que eu hei-de explicar... é mais largo. Eu sei que isto soa um bocado estranho, mas é a descrição que melhor se aplica. É mais largo, mais rugoso. Diria que até é mais intenso. Não é melhor nem pior mas é sem sombra de dúvida diferente.
Depois de recuperar o fôlego virei o bichinho ao contrário... estava cheia de coragem e queria experimentar a ponta mais grossa (que continua a ser bastante fininha como podem ver pela foto, mas vamos fazer de conta que tal foi um grande feito e viva eu, está bem?).
Mais um bocadinho de lubrificante, uma leve mudança de posição e voltei a enfiar um bocadinho no cu. Grande diferença! Enquanto que a outra ponta começava por ser muito fininha e depois alargava, nesta acontecia o contrario e assim que fiz um bocadinho de pressão aquilo deslizou e enfiou-se quase que sozinho. A sensação foi absolutamente fantástica. Tirei-o e voltei a enfiá-lo várias vezes até que tive de parar pois estava prestes a vir-me novamente. Respirei fundo e reparei que não precisava de estar a segurar o dildo porque o meu rabiosque encarregava-se de ficar muito apertadinho à volta da parte mais fina e não o deixava sair. Experimentei rodá-lo um bocadinho e delirei... em menos de 20 segundos vim-me outra vez e foi assim que fiquei fã do meu Crystal Lover.
Já brinquei com ele mais algumas vezes desde aí e todas as vezes tento enfiar mais um bocadinho mas ainda não consegui chegar à parte mais larga. Ando em treinos.
Depois de escrever este post todo cheguei, mais uma vez, à brilhante conclusão que quem deu o nome aos orgãos sexuais era um bocado sádico... "ui, esfrega-me o clitóris" não só não é prático de se dizer como não soa nada bem. Tenho de arranjar umas denominações mais carinhosas...
Aceito então sugestões e conselhos não só a nível de vocabulário como a nível de futuras experiências com os meus brinquedos.

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